terça-feira, 6 de setembro de 2011

Alternativas da pesca são discutidas em Itarema

Mobilização da comunidade - Arquivo: IABS
         "Desenvolvimento de Alternativas sustentáveis à pesca artesanal de Itarema: pesca da lagosta viva e pesca de espinhel de fundo". Esse é o título do projeto desenvolvido pelo Instituto Ambiental Brasil Sustentável (IABS) que será apresentado em seminário na próxima sexta-feira (9/9) às 9h30min no Centro de Arte e Cultura Alexandre de Vasconcelos, ao lado da delegacia de polícia de Itarema (CE). 
         O projeto foi aprovado no dia 01 de julho de 2010. Proposto pelo IABS para o edital da demanda espontânea 2009 do Fundo Nacional do Meio Ambiente (FNMA), sua aprovação foi publicada no Diário Oficial da União N° 126, em 05 de julho de 2010. O projeto busca a recuperação da atividade lagosteira e consequentemente de renda e emprego para a população local, por meio da promoção de ações voltadas para o desenvolvimento de opções sustentáveis à pesca artesanal. 
         A ideia é fazer com que haja uma redução no esforço de pesca quase que exclusivamente direcionado à lagosta, realocando parte da frota e de pessoal para outras atividades pesqueiras. O projeto é financiado pelo Fundo Nacional do Meio Ambiente – FNMA
e executado pelo IABS em parceria com a Monteiro Pescados, Colônia de Pescadores Z-19 e
a Prefeitura de Itarema. As ações são voltadas aos  pescadores artesanais de Itarema-CE, e 
ajudará na construção de novas  atividades sustentáveis e ambientalmente corretas.
         O seminário será ministrado pelos três Engenheiros de Pesca, membros do IABS, responsáveis pela execução do Projeto em Itarema, Fernando Bergmann, Carlos Henrique e Rui Trombeta. O seminário é o primeiro passo do projeto. O segundo passo será uma capacitação gratuita que será ministrada a armadores, donos de embarcação, pescadores e estudantes da área interessados. Os cursistas serão posteriormente selecionados.
         Conforme o Engenheiro de Pesca Carlos Henrique, o curso será interessante aos profissionais da pesca, uma vez que "atualiza esses profissionais quanto às mudanças no universo da pesca, além de melhorar a qualidade de vida desses pescadores e armadores. E para os estudantes, compõe-se como um rico componente na sua formação profissional".
            O engenheiro explica que há uma série de vantagens em se pescar a lagosta viva, como a melhor qualidade do sabor do produto, além de não expor o pescador a substâncias cancerígenas necessárias, quando a cabeça da lagosta é arrancada (produtos utilizados para conservação do crustáceo), além do preço do produto ser mais valorizado com a lagosta viva.       
Modelo de pesca do Espinhel de fundo - Arquivo: IABS
             A pesca de espinhel de fundo também traz muitos resultados. Esta arte de pesca consiste em uma linha principal, forte e comprida, na qual dependem outras linhas secundárias mais curtas e em grande numero, a intervalos regulares onde ao final são presos anzóis iscados. A escolha da área de pesca é feita sempre pelo mestre da embarcação, através de sua experiência, e também de fatores externos como temperatura da superfície do mar, profundidade e época do ano, trazendo um resultado muito bom na pescaria. 
           Carlos Henrique destaca que por meio das práticas da pesca da lagosta viva e utilizando o espinhel de fundo, o pescador, "sem dúvida alguma, tem um aumento de qualidade de vida substancial".

Dúvidas sobre o seminário e sobre o curso podem ser esclarecidas pelo telefone (85)9721.5636 ou pelo e-mail fernando@iabs.org.br

       

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