Professor Toivi com um beijupirá em um dos tanques |
“Desenvolvimento da reprodução induzida do beijupirá: uma inovação à cadeia produtiva da piscicultura marinha no Estado do Ceará”. Esse é o título do projeto executado, dentre outros pesquisadores, pelo engenheiro de pesca Toivi Masih Neto, professor do curso Técnico em Aquicultura do campus de Acaraú do IFCE. O projeto propõe a reprodução de alevinos (formas jovens de peixes) de maior qualidade do peixe beijupirá a partir de reprodutores selvagens pescados artesanalmente. Participam pesquisadores da UFC e de instituições de São Paulo e Brasília.
O laboratório de reprodução fica localizado na Fazenda Ilha Comprida, na cidade de Itarema, propriedade da indústria Monteiro Pescados, parceira do projeto. Os peixes são capturados em mar aberto; em laboratório, as espécimes são pesadas, o sexo identificado e recebem um chip para localização. A reprodução ocorre, naturalmente, sem o auxílio de hormônios. As desovas atingem até 1,5 milhão de ovos, após 45 dias, momento no qual os alevinos passam pelas fases de larvicultura e alevinagem até a engorda.
Toivi Masih Neto ressaltou a importância do projeto para “ a produção de um alevino de muito mais qualidade, mediante o desenvolvimento de pesquisa aplicada; além de compor-se numa alternativa às comunidades pesqueiras, não só da região do Baixo Acaraú, bem como do Estado, por meio do desenvolvimento de formas alternativas da piscicultura”, defendeu. Segundo Toivi Masih, a comunidade tem aceitado o projeto, ajudado na captura dos peixes e apoiado os pesquisadores.
Para o diretor-geral do campus de Acaraú, professor Amilton Nogueira de Vasconcelos, o projeto Beijupirá é fundamental para o desenvolvimento da cadeia produtiva da piscitultura marinha. “A pesquisa que busca aperfeiçoar o beijupirá tem levado a uma alternativa na piscicultura marinha, através de uma rede de pesquisa desenvolvida pelo IFCE em parceria com outras instituições e apoio da iniciativa privada”, ressaltou.
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