Cláudio Ricardo, Reitor do IFCE |
As escolas e universidades do Brasil são
algumas das instituições de ambiente mais conservador do País, só têm aulas e
não estimulam o aluno a estudar, a debater. Essa é a avaliação que faz o reitor
do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Ceará (IFCE), Cláudio
Ricardo Gomes de Lima. Em entrevista ao
programa O POVO Quer Saber (exibido pela TV O Povo nesta semana), que discutiu os impactos das novas tecnologias na educação,
o reitor defendeu que as escolas brasileiras convidem os alunos ao debate, à
reflexão e à solução de problemas. “As escolas ainda são um ambiente
conservador. Temos muitas horas de aula e pouco estudo”, disse. “Temos que
trazer elementos de modernidade e quebrar tabus.” Esses elementos “modernos” a
que o reitor do IFCE se refere são a valorização da criatividade, da inovação,
da capacidade de aprender só e transmitir o aprendido à sociedade. “Visitei
muitas instituições pelo mundo e isso é modernidade lá. É o que está em voga”,
reforçou. Em complemento a essa ideia, Cláudio Lima destaca a falsa impressão
de modernidade que trazem tablets e lousas digitais. “Algumas pessoas
(instituições) têm usado o tablet como marketing, mas do que adianta um tablet
se o aluno é um analfabeto funcional?”, indagou. O reitor observa ainda a
necessidade de equilíbrio entre uma escola como ambiente de debate e uma que
alie tecnologia a essa empreitada. “Eu dirijo uma instituição que sabe
harmonizar isso. Apesar de ser focado na tecnologia, o IFCE oferece dança,
natação. A escola é ambiente de formação e não só de informação.” GreveCláudio Lima defende a reivindicação de
melhores de salários a professores e servidores. “É uma reivindicação
legítima.” Mas ele não acha que a greve seja a melhor forma de chamar a atenção
do Governo. “É preciso que se olhe o impacto de uma paralisação. É realmente
eficiente?”, indaga. O reitor destaca,
no entanto, que é professor e não acha que o governo tem tratado a profissão de
forma estratégica para o desenvolvimento do País. Esse é um dos motivos, diz
ele, para que não se coloque no mesmo bolo o reajuste aos servidores e o de
todos os demais funcionários públicos federais.
Nenhum comentário:
Postar um comentário